O ministro Ricardo Lewandowski participa nesta terça-feira (29/4) de uma audiência na Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados. A presença do ministro foi um pedido feito por dez parlamentares da oposição, que querem esclarecimentos sobre temas legados à segurança pública no país. Lewandowski foi questionado sobre diferentes temas, como a atuação, por exemplo, da Polícia Federal no caso do INSS, sobre o 8 de janeiro e ainda sobre a eficácia das audiências de custódia.
Os deputados também perguntaram sobre uma frase dita pelo ministro em março, durante uma palestra sobre o impacto da proposta de emenda constitucional da segurança pública. Na ocasião, Lewandowski comentou sobre a forma como as polícias executam prisões de maneira equivocada. Para ele “a polícia prende mal e o judiciário é obrigado a soltar”.
A declaração gerou grande repercussão. A Associação Nacional de Delegados de Polícia chegou a publicar uma nota repudiando a fala do ministro. Os deputados pediram embasamento sobre essa questão e disseram que esse tipo de afirmação desmoraliza a categoria. Lewandowski rebateu as críticas e disse que a frase foi tirada de contexto.
O ministro ainda acrescentou que o Ministério da Justiça trabalha em diversas frentes para dar apoio às polícias. Nesse ponto, ele esclareceu que foi estabelecida, na Secretaria Nacional de Segurança, o Escuta SUS, que é um programa de auxílio psicológico a todos os policiais, de todas as forças; “Nós sabemos que, infelizmente, o índice de suicídios, depressão e ansiedade nessas categorias está acima do nível do homem comum”, afirmou Lewandowski.
“Estamos trabalhando na ampliação do projeto do Habite-se Seguro para ampliar a possibilidade de financiamento de imóveis próprios para todos os integrantes das polícias. Nós estamos também elaborando um plano de proteção aos policiais aposentados, aos membros aposentados do Ministério Público e aos juízes aposentados, que quando saem da atividade não têm mais nenhuma proteção, não obstante o fato de terem enfrentado o crime, seja ele comum ou organizado, por toda a sua vida”, finalizou o ministro.
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