A Barra Funda, na região central de São Paulo, é um dos berços do samba paulistano. Um pouco dessa história é contada no projeto Cartografias de Bambas, que lança hoje um livro e um mini-documentário sobre essas raízes, numa região que vem ando por grandes transformações nos últimos anos.
Fundada em 1953, a Camisa Verde e Branco é uma escola de samba da Barra Funda, na região central da capital paulista. A agremiação foi formada pela população negra do bairro: carpinteiros, feirantes e cozinheiras, que muitas vezes viviam em casas com várias famílias aglomeradas. Tem destaque nessa história a família Tobias, presente desde a fundação da escola, com três gerações à frente da Camisa Verde e Branco.
Simone Tobias, neta do fundador do Cordão da Barra Funda — que mais tarde se transformou na escola de samba Camisa Verde e Branco —, relembra momentos importantes dessa trajetória.
Apesar dos diversos títulos conquistados pela agremiação, alguns dos enredos que mais marcaram esse compositor foram sambas que homenageiam a história negra do Brasil.
José Maria Dias, da velha guarda da Camisa Verde e Branco, conta que os sambistas costumavam se reunir no Largo da Banana, na primeira metade do século XX. Mas a Barra Funda ou por diversas transformações ao longo dos anos. Ainda hoje, pouco a pouco, os imóveis antigos são demolidos para dar lugar a novas torres residenciais. Sobra cada vez menos da paisagem de uma época em que a região era um dos principais redutos do samba da capital paulista.
Para preservar todo esse patrimônio imaterial, o projeto Cartografias de Bambas publicou um livro e produziu um documentário que contam essa história.
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